CAP. 145 —— 2 TEMPORADA -PONTO FRACO: TUDO PODE MUDAR DO DIA PRA NOITE

Narrador

Sophia e as meninas ainda “discutiam” a tal cena do elevador, enquanto isso os meninos tentavam convencer Micael a fazer uma despedida de solteiro. E foi assim que a noite foi passando, já era tarde da noite, e todos permaneciam ali, envolvidos pelas conversas e risadas. Foi aí então que Sophia e Micael resolveram que os amigos deveriam passar a noite ali mesmo, tinham colchões e espaço suficiente para abrigar um batalhão, e não foi preciso insistir muito, pois sem perca de tempo todos já se encontravam na sala com suas respectivas camas formadas:

-Prometo que quando forem para nossa casa em São Paulo vai ter quarto e cama para cada um – Sophia explicava rindo.

-Aqui tá ótimo Soph, com tanto que Chay não ronque, aqui vai ser perfeito – Lua brincava.

-Ah Lua Maria, como se você ficasse quieta a noite inteira – Chay resmungou – Por favor nada de agarração durante a noite entre você e Arthur.

-Para terminar a conversa acho melhor dividir, homens dormem aqui e mulheres dormem no quarto o que acham ? – Sugeriu Sophia.

-Amor, que ideia é essa? – Micael abraçou-a – Você sabe que não posso dormir sem você.

-Awwwn que cena linda – Mel dizia – Mica como sempre tão apaixonado.

-Ele ta bobo, isso sim – Chay.

-Vamos parar com a guerra, e vamos dormir como estamos mesmo. Deixa quieto a divisão, porque eu sei que não vai funcionar, já que temos um pai aqui muito dependente de sua esposa – Lua brincava.

-Muito engraçado Lua – Micael disse sarcástico- Mas é isso mesmo, não deixo meu amor por nada. Por isso boa noite, porque o casal aqui vai para os aposentos.

-Lembrando que a casa ta cheia hoje em Micael, então se contenha com a Sophia – Arthur.

-Isso mesmo, vocês ultimamente estão a “flor da pele”, então é bom dar uma maneirada – Mel ria.

-Não sei por que estão falando isso, eu e Micael sabemos nos comportar…- Sophia

-Ah claro, o elevador que o diga – Lua disse alfinetando e todos riram na sala.

-Lua – Sophia disse séria e logo mudou de assunto – Vamos dormir, boa noite, qualquer coisa me chame.

Depois disso, a casa ficou silenciosa, nem tanto, até porque dentro do quarto Sophia e Micael ainda estavam acordados, ela mantinha sua cabeça em cima do peito do amado, e ele a acariciava nos cabelos. O apartamento parecia só deles agora, a porta fechada mostrava a “privacidade” de ambos.

-É legal ter eles aqui, como antes. – Sophia dizia sonolenta.

-Vai sentir falta disso?

-Sim, vou sentir falta de como tudo começou, afinal, eles fazem parte da nossa história.

-Verdade. Depois será apenas nós dois naquela casa enorme…

-Isso mesmo – ela suspirou - Eu tava pensando, aquela casa é muito grande pra gente não acha?

-Talvez seja grande agora, mas daqui a pouco nossos filhos chegam, e pronto, ela vai ficar pequena demais.

-Hum….falando desse jeito dá a entender que teremos um time de futebol (risos)

-Sim, temos que ter muitos filhos – ele disse se achegando a ela- A propósito, comentou com a Lua o caso do elevador?

-Hum…- Ela pensou antes de falar – Comentei algumas coisas, mas nem se preocupe, elas não acreditaram.

-Não acreditaram? Por que?

-Disseram que eu sou muito “quietinha” pra fazer isso com você.

-Pois elas não sabem o monstrinho que tenho em casa – ele disse beijando a ponta do seu nariz.

-Monstrinho?

-Sim, um tremendo monstrinho cheio de marra e de frescuras, mas que também sabe me conquistar.

- Você ama ser conquistado…

-Eu amo você, isso sim – ele disse beijando seu pescoço e indo até os seios, passou a mão levemente e foi afastando a camisola, de forma que eles ficassem a amostra.

-O que ta fazendo Senhor Borges?

-Estou explorando o corpo do meu monstrinho – começou a beijar ali mesmo.

-Tenho que lhe informar que estamos com visitas hoje…

-Eu não estou fazendo nada demais – ele respondeu – Estou filho ? – perguntou olhando para a barriga.

-Pare de ser bobo – ela disse rindo.

-Ele não disse nada, então acho que não tem nenhum problema…

-É bom aproveitar mesmo, porque quando ele nascer esses seios será de outra pessoinha – risos.

-Nem vem com graça…teremos que fazer uma divisão…

-Claro que não. Será dele por direito amor, vou ter que amamentar e…

-Shiuuu- ele disse mordendo o mesmo e fez Sophia arfar – Não quero pensar nisso, pelo menos não agora.

-Isso doeu sabia?

-Doeu ? – disse repetindo o ato.

-Mas foi uma dor muito gostosa – disse manhosa.

-Posso te causar mais dores gostosas, você quer?

-Quero você pra mim, isso que quero.

-Já sou seu há muito tempo – disse e a beijou com fúria, levando suas mãos até sua coxa, e apertando a mesma, e logo a direcionando a sua intimidade e explorando-a.

-Devia parar de fazer isso, não é uma boa hora.

-Só estou dando “Boa noite” !

-Hum… que esse “boa noite” dure até amanhã então.

Sophia disse e os dois começaram a brincadeira. E eram em momentos assim que eles faziam a gente acreditar que a tempestade havia passado e o sol voltava a brilhar. A gente fala de amor como se soubesse o que isso significa. Ninguém sabe . Amor é meio como a incógnita daquela equação de vestibular que a gente até sabe qual é, mas não consegue produzir o raciocínio correto para achá-la. Amor é meio que adulto que ainda acredita em Papai Noel e recebe presentes todos os anos de alguém que não se sabe quem. Amor é meio que recortar corações de papéis vermelhos e prender na capa do caderno sem ter um nome escrito dentro deles. Amor é meio mistério, meio certeza, meio “eu-não-sei-o-que-estou-fazendo”, meio “vai-ser-você-pra-sempre”. Amor é amor único, amor que se repete, amor que já foi embora e depois voltou, amor que se perdeu de vista e disse Adeus. Amor é tanta coisa e eu nunca consegui entender tanta coisa de uma só vez. Não entendia muito sobre amor, mas se alguém me perguntasse o que era, eu abriria um largo sorriso e responderia: Um casal aí, ela, Sophia, el, Micael, isso sim é AMOR.