Narrador
O verdadeiro amor
resiste ao tempo, às adversidades e aos dilemas da vida. Um grande amor, meus
caros, dura uma eternidade, e se for preciso dura mais que uma vida.
Não houve nada
aquela noite. Só existia Sophia, Micael e o amor que nutriam um pelo outro. Era
notório que eles não foram criados para serem separados, e se por acaso tal
coisa acontecesse, eles encontrariam um jeito de voltarem a ser um só.
-Bom dia minha vida
– Micael dizia beijando os lábios de Sophia, que ainda lutava contra o sono.
-Que horas são? –
perguntou
-Hora de a minha
princesa acordar.
-Amor, por que você
insiste em acordar tão cedo?
-Porque a vida é
curta demais pra perdemos tempo em cima de uma cama dormindo.
-Que bela
explicação – disse fechando os olhos – Então pode curtir a “vida”, que eu vou
continuar dormindo.
-Deixa de ser
preguiçosa princesa – disse afastando-a do lençol – Eu quero aproveitar com
você antes de ir para o escritório.
-Sério que você ta
me acordando às 6:00 horas da manhã pra ficarmos juntos?
-Sim – disse
sorrindo – Tecnicamente tenho algumas horas antes de entrar no trabalho, e
gostaria de passar esse tempo com a mulher da minha vida.
-Você só pode estar
louco – ela gargalhou
-Louco por querer
encher a minha esposa de carinho antes de ir trabalhar? Você deveria se
considerar uma mulher de sorte.
-Isso é puro azar –
risos – Eu gostaria de um marido que me deixasse dormir até meio dia...
-Certamente este
seu suposto “marido” não a amaria o suficiente.
-E você me ama?
-O suficiente pra
querer que você seja a primeira coisa que meus olhos vejam pela manhã, e a
última que eu sinta antes de partir.
-Amor– Sophia
respondia com a voz embargada – você falando desse jeito, só me faz te amar
mais, mais e mais...
-Então me ame muito
minha branquinha, muito – Micael disse e a puxou para si iniciando aquele beijo
que todos conheciam. Seus lábios eram quentes e cheio de amor, ele a tomava
para si com gosto, como se precisasse que ela permanecesse consigo, e
precisava, ah como precisava.
Não demorou muito
para que o clima esquentasse. O quarto que antes exalava o início do dia
nublado, agora era tomado pela fúria daquela paixão. Micael beijava sua amada
com gosto, enquanto ela puxava os fios pretos de seus cabelos com gana. Ela
estava totalmente fora de si, sua respiração era falha, e tinha a leve
impressão que iria sucumbir – são os hormônios (pensou) –, pois apesar do
cansaço causado pela gravidez, seu desejo por Micael era notório, e ela
precisava dele naquele momento. Foram nesses pensamentos que as mãos de Sophia
saltaram para a cueca box de Micael, que abrigava o seu doce e nada gentil membro, tirando-o dali
e deixando o mesmo a amostra.
-Amor...- Micael
disse baixo percebendo o que ela estava prestes a fazer.
-Shiu...eu cuido
disso, você só precisa ficar bem quietinho – ela disse sorrindo enquanto
acariciava o mesmo calmamente, como se quisesse tortura-lo, e realmente queria.
Micael tinha a respiração descompassada e fechava os olhos não aguentando de
tanto prazer, enquanto Sophia abocanhava o mesmo delicadamente, como se
quisesse sentir todas as extensões possíveis. Seus olhos se mantinham fixos nas
reações dele, era como se cada respiração e contração fizesse-a morrer de
prazer.
-Você não vai ficar
brincando comigo desse jeito – ele dizia sorrindo enquanto puxava a camisola
que Sophia usava aquela manhã.
-O que você esta
fazendo ?
-Despindo a minha
esposa – sorriu , e antes que pudesse continuar Sophia se afastou – O que foi ?
-Sabe que eu não
gosto mais de ficar assim com você....- disse baixo
- Ah não amor, o
clima tava tão bom...
-Eu sei...estraguei
tudo...
-Não, você não estragou...-
ele a puxou novamente – podemos continuar de onde paramos.
-Eu não quero...
-Amor, por
favor...faz isso por mim...
-Eu to imensa
Micael...IMENSA.
-E eu te amo assim,
desse jeito...- ele a olhou por inteiro – não faz isso comigo.
-Você precisa ir
trabalhar...-ela disse isso e se virou para “dormir”.
-Amor, vem aqui, por
favor...
-Micael, já esta
tarde...
-Eu sei...mas eu só
quero cinco minutos ...
-O que foi ? – ela
o olhou fixamente.
-Eu que te pergunto
princesa – ele a puxou para seus braços – Eu não quero ver você assim. Eu quero
você comigo, conectada em mim, como estávamos há poucos minutos atrás.
-Como estávamos não
dá pra continuar...Tem os bebês e...
-E eles nunca foram
empecilhos pra gente – interrompeu – Mas tudo bem, se o motivo for apenas os
nossos filhos eu entendo. Eu só não quero imaginar que você esta me rejeitando
assim por causa de alguma neura que surgiu aí na sua cabecinha... – sorriu.
-Você me conhece
tão bem né...
-Você nem imagina –
beijou- a- Mas eu vou deixar você em paz e vou trabalhar...
-Mais já?
-Não era você que
estava a me expulsando? Atendi ao seu
pedido – risos
-Mas eu não queria
que fosse embora tão rápido assim...
-Eu até poderia
ficar, se eu visse algum interesse sabe – sorriu – Mas como você anda me dando
“canseira”, vou desistir...
-Seu bobo –suspirou
– Eu só não quero que fique me olhando, deixa-os nascerem, e teremos todo o
tempo do mundo.
-Eu gosto de
aproveitar o hoje. A gente nunca sabe o que vai acontecer amanhã...
-Eu sei que amanhã
você estará comigo, depois de amanhã também, e depois, e depois, e depois –
fazia graça.
-Mas aproveite
comigo o “agora” princesa, porque eu preciso muito de você...
-Eu te amo meu
amor.
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